quarta-feira, 29 de junho de 2011



Como a vida seria diferente se Deus fosse uma divindade "a ser tocada com as mãos". Seria a evidência. Não precisaríamos de provas sobre a Sua existência. Neste sonho bastaria fazer-lhe um pedido para sermos atendidos mais do que de repente. Temos um inimigo? O Poderoso logo o afastaria. Temos dívidas? O socorro mágico aconteceria antes do pôr-do-sol. Somos acometidos por uma doença? Feito o pedido de cura, num piscar de olhos o mal estaria superado.
Mas Deus é um Ser que confia na inteligência humana. O homem pode chegar a Deus a duras penas, às apalpadelas. "Como cegos vamos tateando como quem não enxerga" (Is 59, 10). Isso nos dá ocasião para expressarmos fé, que é um ato meritório, por depender de nossa livre vontade. O delírio fantasioso, acima descrito, seria um puro “encantamento”. Seríamos obrigados a crer. Assim como a Providência dispôs, baseamo-nos numa intuição muito forte de que este Ser Poderoso tem que existir, e Lhe devemos profundo respeito. E com amor nos consideramos profundamente ligados a Ele.
Quem é que nunca chega a Deus? Os que não são capazes de dobrar os joelhos, vale dizer, quem é um soberbo de coração. Também não alcançam essa fé salvadora, os perversos que praticam o mal. “Os pecadores não ficarão de pé na assembléia dos justos” (Sl 1, 5). Também os devassos, os que vivem atolados nos prazeres sexuais desenfreados, não chegarão lá. “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5, 8). O mesmo se diga sobre aqueles que se apegam por demais aos bens materiais. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13).

Além do mais, um grande auxílio para o encontro, na fé, com o Deus verdadeiro, é a inteligência. Podemos em toda a parte ver os “rastos” do Eterno, mesmo sem jamais vê-Lo neste mundo. Isso aconteceu com o coordenador do projeto Genoma Humano. O cientista Francis Collins entrou ateu no projeto e saiu como um homem de fé convicta. No entanto, eu quero lhe dar, amigo leitor, a chave que abre os caminhos mais misteriosos da existência humana. É o melhor modo de se aproximar do Ser amoroso por excelência. É se encontrar com Cristo. Este nós O vimos e tocamos com as mãos. Ele é o revelador do rosto do Pai, porque Ele relata o que viu.
Dom Aloísio Roque Oppermann scj - 
Arcebispo de Uberaba, MG

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Irmã Dulce, uma santa nordestina - Por Dom Sérgio da Rocha

Quando se fala de santos, a tendência das pessoas é pensar naqueles que estão nos altares representados pelas imagens, ou que se encontram no céu, ou ainda num passado muito distante. De fato, inúmeros santos viveram há séculos ou há quase dois mil anos, porém, muitos outros viveram em nosso tempo. Antes de serem imagens sacras ou de chegarem ao céu, foram pessoas que viveram na terra em meio aos desafios e alegrias da vida cotidiana, como nós. Assim aconteceu com a baiana Irmã Dulce, que foi beatificada em Salvador, sua terra natal, no dia 22 de maio. Sua beatificação é relevante para todo o Brasil, porém, enaltece especialmente a Bahia e todo o nosso querido Nordeste. Sua figura e atuação vão muito além da Igreja Católica, sendo muito querida e admirada também por gente de outras denominações religiosas. Para a sua beatificação foi importante o reconhecimento de um milagre por intermédio de sua intercessão, a recuperação de uma mulher sergipana que havia sido desenganada por médicos após sofrer hemorragia durante o parto. Contudo, a sua beatificação é, acima de tudo, o reconhecimento de uma vida santa que serve de exemplo para todos nós.


Falecida em 1992, já com fama de santidade, a Irmã Dulce, conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, chamava-se Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, passou a ser chamada Irmã Dulce. Quando enferma, teve a graça de ser visitada pelo beato Papa João Paulo II, em 1991.

Ela nos deixou grandes lições de vida como a humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração. Consagrou-se a Deus servindo aos que sofrem e testemunhando o valor da vida dos que não têm a própria dignidade e direitos reconhecidos. Dedicou-se, com admirável caridade, ao serviço dos pobres, dos desamparados e dos doentes, reconhecendo neles o rosto sofredor de Jesus Cristo. Confiando na Divina Providência e contando com a solidariedade das pessoas, fundou diversas obras sociais e estabelecimentos, dentre os quais se destaca o renomado Hospital Santo Antonio, em Salvador, em cuja capela encontra-se sepultada. Louvamos a Deus pela nova beata declarada pela Igreja, Irmã Dulce, assim como, por tantas mulheres e homens que se dedicam generosamente ao serviço da caridade em nossas famílias, hospitais, casas de acolhida e comunidades. “Beato”, isto é, “feliz” quem vive o mandamento do amor que Jesus nos deixou, como fez Irmã Dulce.

Fonte: http://www.cancaonova.com.br/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=12363

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ser Jovem e Santo é...

Depois de uma maravilhosa semana, recheada de muitos debates e expressões de ideias, encerramos o tema "A Froça de uma Juventude Santa" com um saldo positivo de muitas experiências compartilhadas e aprendizado.
Encerramos hoje com alguns curtos depoimentos de nossos seguidores no Twitter:

Larissa Custódio

Marília Gabriela

Caroline Sabará

Obrigado pela participação! Continue #ExpressandoSeusPontosDeVista!

Eu Acredito no Jovem por Dunga (Canção Nova)


Existem pessoas que decidiram não envelhecer apesar do tempo, das rugas, dos cabelos brancos e da visão turva. Existem jovens que mantiveram seus ideais intactos e levaram para a vida adulta todos os seus sonhos e inspirações da adolescência – uma época em que "dói" crescer.  Estes, hoje, são presidentes, médicos, esportistas, professores, comunicadores... Pessoas que nos causam admiração e que se tornaram referenciais nacionais e internacionais.

Olhando para os "cronologicamente" jovens, também percebemos que uma nova safra surgiu (aliás, estas safras nunca deixaram de surgir). Porém, hoje, as drogas, a violência e, especialmente, a afetividade deturpada têm sufocado esta geração, colocando verdadeiramente em risco a juventude que sempre trouxe uma esperança aos problemas contemporâneos da humanidade.

Se dermos uma passada em cadeias públicas ou de segurança máxima, unidades terapêuticas no combate e prevenção às drogas, casas de apoio ao soropositivo em fase terminal e em outros ambientes similares, veremos um quadro assustador. Muitos jovens inteligentes e cheios de dons estão ali, tentando não desistir dos sonhos e inspirações. Mas esses sonhos, muitas vezes, se transformam em pesadelos. Na mensagem para a XXV Jornada Mundial da Juventude, o Papa Bento XVI afirmou: “Apesar das dificuldades, não vos deixeis desencorajar nem renuncieis aos vossos sonhos!”

É preciso um “levante”! É preciso que esses adultos que hoje decidem, formam opinião, ditam ritmos e velocidade da moda, do câmbio, das notícias e que não perderam seus ideais de juventude unam-se aos jovens que, por milagre, por boa educação familiar e religiosa, não se corromperam. É preciso que esses adultos façam algo realmente significativo, pois existem, ouso dizer, milhares e milhares de jovens que não desistiram desse desafio de mudar as faces distorcidas da sociedade.

Por onde passo, vejo o brilho nos olhos dos jovens. De um lado, vejo jovens de 18 anos servindo no Exército israelense, com suas metralhadoras penduradas no pescoço, enquanto degustam seus sanduíches, sorrindo e se abraçando. Do outro lado de um muro que traz divisão, jovens palestinos. No fundo, todos querem paz. No Paraguai, vi jovens que, apesar de toda humilhação das gerações anteriores, por causa de uma guerra violenta, não desistem e querem ver o país com alta “autoestima”. Em tantos países, vejo jovens brasileiros morrendo de saudades de seu país, enquanto batalham por uma vida melhor.

Os jovens que rezam, estudam, lutam para se manter castos; que sonham e honram os pais, erram e caem, mas se levantam; que saem das drogas, cantam, dançam, votam... São esses os jovens que têm o direito de errar tentando acertar, que precisam ser corrigidos e orientados por uma sociedade que precisa aprender a amar a juventude.

A Organização das Nações Unidas (ONU) já declarou 2010 como o Ano Internacional da Juventude. Essa juventude pode mudar o rumo do mundo, da consciência ecológica, ética, política, sociológica e antropológica. É o jovem que pode, agora, tocar nisto e mudar o destino do planeta. As visões escatológicas, de fim de mundo, são baseadas no que muitos anciãos fazem por interesses pessoais e econômicos. Mas ao jovem o que interessa é viver, ter tempo para crescer. O jovem é o maior interessado em mudanças. Este é o momento para quem está vivo, e bem vivo, agir.

É muito difícil e triste imaginar jovens que não queiram viver. Se eles estão nas drogas, no crime, ou até mesmo na depressão, é porque os adultos não os valorizaram, não acreditaram que aquela criança ou adolescente teria a chance real de ser alguém que, nos planos de Deus, pudesse mudar o mundo. É assim que devemos pensar. Basta um jovem, apenas um, e o mundo pode ser melhor.

Por causa de alguns homens, pessoas que não tiveram a chance de ser um bom jovem, o rumo da história e da humanidade eclipsou-se por um tempo. O que fará um adulto que na sua juventude não foi incentivado, educado com o bem, com religião, família, cultura, ciência, ética etc? Está em nós pais, professores, educadores, padres, pastores e políticos a responsabilidade de formar e esperar “novos” Ayton Senna, Pitanguy, Ziraldo, Chico Mendes...

Se esses jovens estão hoje com 16, 17, 18 anos, nem sabem o que espera por eles. É nossa a missão de plantar, regar e colher. Que o Criador nos ilumine para não desistirmos de nós mesmos ao esquecer que um dia fomos jovens e que hoje, como adultos, podemos acreditar que a vida continua nos filhos que geramos e que são, sem dúvida, uma versão melhorada de nós mesmos.

Eu acredito no jovem.
  
* Dunga é missionário da Comunidade Canção Nova, apresentador do programa PHN transmitido pela TV Canção Nova e locutor da Rádio Canção Nova AM e FM. É autor de quatro livros e já gravou oito CDs. Seus recentes trabalhos são o livro "Abra-se a Restauração” e o CD "Transfiguração”. 

Escrito por: Dunga

sábado, 21 de maio de 2011

Das Confissões de Santo Agostinho...



És grande, Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e
incomensurável tua sabedoria. E o homem, pequena parte de tua criação quer louvar-te, e
precisamente o homem que, revestido de sua mortalidade, traz em si o testemunho do pecado e a
prova de que resistes aos soberbos. Todavia, o homem, partícula de tua criação, deseja louvar-te.
Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está
inquieto enquanto não encontrar em ti descanso.
Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se
devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer?
Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves
antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem?
Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue?
Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram
e os que o encontram hão de louvá-lo.
Que eu, Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti, pois me pregaram teu
nome. invoca-te, Senhor, a fé que tu me deste, a fé que me inspiraste pela humanidade de teu
Filho e o ministério de teu pregador.
Confissões, Santo Agostinho, doutor
[http://migre.me/4B3vp]

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bento XVI convida jovens a buscarem Cristo e Apresenta-lhes o exemplo heróico de Santo Hilário


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI convidou hoje os jovens a buscarem Cristo, no final da primeira audiência geral de 2010.
Ao cumprimentar os milhares de jovens, assim como enfermos e recém-casados presentes na Sala Paulo VI do Vaticano, o pontífice lhes propôs o exemplo de Santo Hilário, bispo de Poitiers, que viveu na França do século IV e foi desterrado durante quatro anos para a Frígia, por defender a divindade de Cristo.
“Que seu exemplo vos apóie, queridos jovens, na constante e valente busca de Cristo”, disse o pontífice.
Entre os presentes, encontravam-se 3.500 estudantes da diocese de Caserta, no sul da Itália.
“Obrigado por vossa presença e pelo vosso compromisso na fé. Vejo e sinto a força da vossa fé”, reconheceu o Papa.
Depois, dirigiu-se aos enfermos, alguns em cadeiras de rodas, para convidá-los a “oferecer vossos sofrimentos para que o Reino de Deus se difunda no mundo inteiro”.
Por último, cumprimentou os recém-casados, alguns presentes com sua roupa de casamento, para pedir-lhes que sejam “testemunhas do amor de Cristo na vida familiar”

Fonte: Zenit

Jovens comemoram contagem regresiva da JMJ

MADRI, terça-feira, 10 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Cem dias antes do início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), foi realizado no domingo, em Madri, um encontro para agradecer a colaboração de milhares de famílias e voluntários que trabalham na preparação do evento, do qual o Papa Bento XVI participará na capital espanhola, encontrando-se com milhares de jovens do mundo inteiro.
Durante o encontro, do qual participaram mais de 8 mil pessoas, houve momentos de oração e de festa. Às 12h, começou a Missa presidida pelo cardeal arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela.
Em sua mensagem para esta "reta final", ele disse que "a JMJ é um grande dom e uma enorme responsabilidade", razão pela qual é urgente o compromisso generoso, para que este encontro seja para muitos uma ocasião de "profundo e autêntico encontro com Jesus Cristo".
O encontro foi transmitido pela 13TV, acompanhado de um programa especial sobre o evento deste ano, intitulado "A 100 dias da JMJ" e apresentado pela conhecida jornalista televisiva Inmaculada Galván e por Rafael Barrio.
O Papa Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes, na qual os convidou a "intensificar a oração pelos frutos da JMJ" e a que seu trabalho impulsione "a evangelização das novas gerações, que se espera com entusiasmo a partir deste importante acontecimento eclesial".
Um dos marcos do dia foi a estreia da equipe de apresentadores que conduzirão os principais atos durante a Jornada. Alem disso, após semanas de ensaios, o coral e a orquestra da JMJ se apresentaram pela primeira vez, em um ato público multitudinário.
O diretor da orquestra, Borja Quintás, disse: "Este é um projeto único, no qual se une a alegria de tocar para o Papa e para milhares de jovens vindos do mundo inteiro, e no qual muitos jovens colocam à disposição seu talento musical e seu trabalho".
Para esta ocasião, foram interpretadas três peças musicais de compositores espanhóis e russos. "Foi um mês e meio muito intenso de ensaios, mas valeu a pena", disse Marisol, uma das componentes do coral.
"Eu venho de Tarragona todo sábado para ensaiar, mas não sou o único. Fiquei sabendo através de Spodtify, e disse ‘eu quero ser voluntário', com o melhor que sei fazer: a música", declarou, por sua vez, Lluis, um dos integrantes da orquestra.
Ao longo do encontro houve momentos festivos. Entre eles, destacou-se a apresentação de La Voz del Desierto y David de María, bem como do grupo pop espanhol Melocos.
"Esta é uma oportunidade que os jovens não podem perder", disse Jaime, o principal componente do grupo. Por sua vez, Gonzalo, outro dos integrantes, fez este convite aos jovens: "Venha e participe, depois você me conta".
Até este momento, 340 mil pessoas se inscreveram na JMJ, procedentes de 170 países.


(Fonte: ZENIT)